Há cerca de uma década, o chá verde tem recebido bastante atenção devido ao seu efeito sobre o metabolismo e perda de gordura, contudo seus benefícios vão muito além. Inúmeros trabalhos científicos têm sido publicados nos últimos anos a respeito do seu efeito protetor em relação a câncer de próstata, fígado, endométrio, demência, doenças renais, esteatose hepática, infarto, AVE, infecções e mortalidade por todas as causas.

Recomenda-se um consumo diário de 3 a 5 xícaras de chá (240 ml cada), sendo feito com 1 g da folha para cada 100 ml de água, adicionado à água quente (ideal: 85 ℃), que não deve ferver, e mantido em infusão por 3 a 5 minutos. Mais tempo que isso leva à perda de alguns compostos.

Atenção ao consumo excessivo de chá verde! Há populações que chegam a consumir 10 xícaras de chá ao dia sem efeitos negativos à saúde; contudo, 5 xícaras já são uma quantidade considerável. Quanto ao uso de extratos concentrados ou suplementos do chá verde, é possível haver superdosagens de alguns componentes, como a epigalocatequina-3-galato (EGCG), que não deve exceder muito mais que 300 mg ao dia. Há evidências de lesões ao fígado, quando seu consumo se deu acima dessa dosagem.

Outro ponto importantíssimo é que seu efeito negativo, a hepatoxicidade, parece ser mais relevante quando se ingere o chá, extrato ou suplementos em jejum. Portanto se recomenda a ingestão após as refeições. Por outro lado, ele pode reduzir a absorção de alguns nutrientes, como ferro e cálcio, sendo o seu consumo mais indicado longe das refeições principais, especialmente por aqueles que já apresentam alguma deficiência nutricional.

Lembre-se de que o chá verde contém cafeína e pode prejudicar o sono à noite, devendo ser evitado após às 17h.

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