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Foto do escritorDaniel Barreto de Melo

Nutrição nas Doenças Reumáticas Autoimunes



Quais alimentos podem trazer benefícios ou malefícios no contexto das doenças reumáticas autoimunes? Uma publicação feita na revista Nature em 2017 destacou que a curcumina, ômega-3, capsaicina, resveratrol e chocolate são componentes alimentares que apresentam efeito protetor, levando à diminuição na resposta inflamatória, proliferação e ativação de linfócitos T autorreativos, produção de autoanticorpos e o aumento de citocinas anti-inflamatórias, macrófagos anti-inflamatórios (M2), linfócitos T e B reguladores. De forma contrária, o consumo de sal (cloreto de sódio) esteve associado à potência maior dos linfócitos Th17, menor função de linfócitos T reg e aumento nas citocinas pró-inflamatórias; enquanto a ingestão de café foi mencionada como tendo um possível efeito favorável à produção do fator reumatoide.

Em outras palavras, consumir cúrcuma (açafrão-da-terra), pimenta [especialmente as vermelhas], peixes, nozes, chia, linhaça, chocolate, uvas, vinho tinto [com bastante moderação] com regularidade e limitar o consumo de sal e café podem ser estratégias nutricionais na prevenção e controle dos sintomas relacionados às doenças reumáticas autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, artrite psoriásica, espondilite anquilosante, dentre outras.

Vale ressaltar que a maioria dos estudos utiliza a suplementação (altas doses) como forma de tratamento, o que pode gerar dúvidas quanto ao impacto do alimento na resposta imunológica. A grande reflexão é: várias pesquisas testam um único composto isolado e, portanto, o efeito terapêutico depende de grande quantidade deste. Contudo, pergunto-lhes quantos compostos estão presentes em um padrão alimentar saudável. Não se trata de um ou dois, mas de uma infinidade de fitoquímicos. Estes agem em conjunto e um potencializa a resposta do outro.

Referência

Nat Rev Rheumatol. 2017;13(6):348‐358.

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