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Você conhece a Síndrome de Gilbert?





Você já ouviu falar na Síndrome de Gilbert? É uma condição em que há prejuízo no metabolismo das bilirrubinas devido à menor atividade da enzima uridina glicuronosil transferase 1 A1 (UGT1A1), responsável pelo processo de glicuronidação (fase II de destoxificação hepática). Nesta reação, as bilirrubinas não conjugadas (bilirrubinas indiretas) são conjugadas, formando glicuronídeos de bilirrubina (bilirrubinas diretas), que são eliminados nas fezes.

A presença de variantes no gene da UGT1A1 está relacionada à diminuição da atividade enzimática, havendo menor glicuronidação e acúmulo de bilirrubinas não conjugadas, em um quadro de hiperbilirrubinemia e, frequentemente, icterícia – quando a parte branca dos olhos e a pele ficam amareladas. A Síndrome de Gilbert é considerada leve e não gera riscos à saúde, mas existe uma forma grave e potencialmente fatal em que a atividade da UGT1A1 é nula ou muito baixa, conhecida como Síndrome de Crigler-Najjar, geralmente tratada com medicamentos.

Uma das principais recomendações diminuir as bilirrubinas é evitar o jejum prolongado, pois a menor motilidade gastrintestinal favorece sua reabsorção intestinal. O controle do estresse e o fortalecimento do sistema imunológico também são cruciais. Outras possíveis intervenções, mas com menor solidez científica, consistem no aumento da ingestão de compostos (alimentos) que melhoram a glicuronidação e, portanto, a conjugação e eliminação das bilirrubinas. É o caso das crucíferas (brócolis, couve), resveratrol (uva, vinho, chocolate), frutas cítricas (laranja, limão), curcumina (cúrcuma), ácido elágico (romã, “berries”, nozes), astaxantina (algas, salmão), taurina (carnes em geral), glicina (carnes, ovos, nozes, amaranto). A suplementação também pode ser útil, desde que haja cautela na associação a medicamentos, pois alguns compostos atuam em enzimas do citocromo P450 (fase I da destoxificação hepática) e podem alterar a meia-vida de diversos fármacos. Além disso, alguns são contraindicados quando há obstrução de vias biliares.


Obs: o diagnóstico dessa síndrome deve ser feito por um médico. O nutricionista tem o papel de melhorar a evolução clínica pela alimentação e suplementação.

Referências:

- Crit Rev Clin Lab Sci. 2018;55(2):129‐139.

- J Nutr Metab. 2015;2015:760689.



 
 
 
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